quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ROTAVÍRUS PENTAVALENTE

 A vacina de Rotavírus Pentavalente oferece proteção contra os genótipos G1, G2, G3, G4 e P1A[8], que representam mais de 88% dos casos da doença por rotavírus em todo o mundo relatados entre 1973 e 2003. Indicada para bebês com seis a 32 semanas de vida, a vacina deve ser administrada oralmente, em três doses líquidas – a primeira entre 6 e 12 semanas de idade (entre o 2º e o 4º mês de vida da criança) e as doses subseqüentes com um intervalo de, pelo menos, quatro semanas.
Antes de disponibilizar a vacina ao mercado, a empresa MSD realizou vários testes e pesquisas. O Estudo de Eficácia e Segurança para Rotavírus – REST (Rotavirus Efficacy and Safety Trial) foi um dos principais. Com cerca de 70.000 pacientes, o REST demonstrou que a vacina pentavalente da MSD preveniu 98% dos casos graves de gastroenterite por rotavírus, causadas pelos tipos G1, G2, G3 e G4, enquanto o número de hospitalizações e consultas de emergência foi reduzido em 94,5%. “A vantagem dessa vacina está justamente na capacidade de prevenir a infecção por rotavírus de forma mais ampla. Esse é um importante benefício para a saúde, uma vez que ainda temos elevados índices de mortalidade por rotavírus”. A vacina disponível atualmente na rede pública contém apenas um sorotipo de Rotavírus (Instituto de Ciências Biomédicas da USP, dra. Maria Lúcia Rácz).
A vacina pentavalente contra rotavírus da MSD, que já foi aprovada em 70 outros países, inclusive nos Estados Unidos e em toda a União Européia, teve dez milhões de doses distribuídas em 2007.
Todos os bebês devem receber a vacina de Rotavírus, seja monovalente ou pentavalente. Na impossibilidade de encontrar a vacina disponível no período correto de administração da dose, é preferível administrar a mono ou a penta, à deixar o bebê sem proteção. Mas uma vez que isto aconteça, o bebê deve receber, pelo menos, duas doses da pentavalente e uma da monovalente para adquirir uma proteção desejada. A intercambialidade das duas vacinas somente deve ser realizada na impossibilidade da vacinação de uma delas.

Sobre a gastroenterite e o rotavírus
O rotavírus é a principal causa de gastroenterite aguda grave em bebês e crianças pequenas. A Organização Mundial da Saúde estima que a doença seja responsável por 20% a 70% das hospitalizações e por 20% de todas as mortes por diarreia em crianças com menos de cinco anos de idade em todo o mundo. O vírus causa mais de dois milhões de internações e quase 600 mil mortes de crianças menores de cinco anos – aproximadamente uma criança por minuto – a cada ano. Oitenta por cento das mortes relacionadas com o rotavírus ocorrem em países em desenvolvimento.
No Brasil, dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostram que dos casos de diarreia notificados, 20% são surtos causados por rotavírus, ocorrendo principalmente em creches ou em hospitais. Ainda de acordo com o CVE, a diarreia por rotavírus está entre as primeiras causas de morbidade nos municípios da região Nordeste e as doenças diarreicas ainda estão entre as principais causas de mortalidade infantil no país.
Em geral, a gastroenterite por rotavírus apresenta-se com vômitos e diarreia. Para determinar a causa, o médico deve investigar a duração e tipo dos sintomas, a freqüência dos episódios de vômitos ou diarreia e a idade da criança e solicitar um exame específico para rotavírus.
Segundo a doutora Rácz, a principal forma de infecção pelo rotavírus é a transmissão fecal-oral pessoa a pessoa. “A estabilidade do rotavírus no ambiente pode contribuir para a eficiência da transmissão. Mais raramente o vírus pode ser transmitido pela ingestão de água ou de alimentos contaminados e por meio do contato com superfícies contaminadas”, salienta.

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