sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cresce número de mortes por câncer do colo do útero no Brasil

País aumentou 28,6% em 10 anos.
O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012. Isso é o que mostra o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que será divulgado nesta semana. O objetivo do documento é auxiliar aos usuários, em especial os profissionais de saúde pública, no planejamento e avaliação das ações necessárias à prevenção e ao controle do câncer. Com a vacinação contra HPV, o Brasil pode ter sua primeira geração de mulheres livres deste tipo de câncer.

“Dentre todos os tumores, o do colo do útero está entre os que mais matam mulheres no Brasil. Mas essa realidade pode mudar se todas as meninas de 11 a 13 anos forem vacinadas contra o HPV. Só a primeira dose não garante a imunização, é importante que os pais ou responsáveis levem suas filhas de 11 a 13 para tomar a segunda dose da vacina”, reforça o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele alerta ainda a importância de as mulheres fazerem o exame Papanicolau, que ajuda a identificar e prevenir precocemente o câncer.

O levantamento mostra o câncer do colo do útero como o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. Embora o número de óbitos tenha aumentado, o Atlas mostra uma queda de 6,34% na taxa de mortalidade, que é a proporção do número de mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Em 2002, foram registradas 5,04 mortes para cada 100 mil mulheres, contra 4,72 mortes para cada 100 mil mulheres, em 2012. Os dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Atento ao crescimento de mortes de mulheres pelo câncer do colo do útero, ao longo dos últimos anos, o Ministério da Saúde tem investido em ações de prevenção e tratamento em todo o país. Como o mais recente avanço nessa área, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, destaca a inclusão da vacina contra o HPV (papilomavírus humano) – principal causa de ocorrência do câncer do colo de útero – para meninas de 11 a 13 anos, no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, em longo prazo, ajudará a mudar essa realidade de óbitos pela doença no país.


Publicado: Terça-feira, 25 de novembro de 2014 por Jéssica Ferrari

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

NOVA VACINA CONTRA A MENINGITE B CHEGA EM 2015

Meningite B

Brasil vai ter imunizante

No primeiro semestre de 2015, clínicas privadas do Brasil deverão receber a vacina contra meningite B, segundo a presidente da Jornada Nacional de Imunizações, Isabella Ballalai. O imunizante será voltado para crianças e adolescentes. 

Atualmente, há no país doses para as meningites causadas pelos meningococos A, C, W e Y. A meningite do tipo B corresponde a 20% dos casos no Brasil. A campeã é a C, com 70%. Porém na Região Sul o tipo B vem ultrapassando a C.

A doença consiste na inflamação das meninges (uma das membranas que revestem o cérebro) e atinge especialmente crianças de até 5 anos. Apesar de ter tratamento, um a cada cinco infectados morre pela doença. Além disso, segundo a SBIm, entre os sobreviventes, até 20% ficam com sequelas como problemas neurológicos, membros amputados ou surdez.

“Os números deixam clara a importância de evitar o problema em vez de remediá-lo”, diz Ballalai


Fonte: Jornal O Dia, Mundo e Ciência.

VACINA CONTRA O HERPES ZÓSTER TAMBÉM PODE EVITAR O AVC

Benefício do medicamento foi constatado em pesquisa envolvendo 12 mil pacientes

por BEATRIZ SALOMÃO


Rio - Cientistas descobriram mais um motivo para tomar a vacina contra o herpes zóster. Além de evitar a doença e as fortes dores inerentes ao mal, o imunizante pode reduzir as chances de o paciente ter um acidente vascular cerebral (AVC). Uma outra boa notícia relativa a imunização é que a vacina contra a meningite B chegará ao Brasil no ano que vem.


O risco de AVC aumenta após o surgimento do herpes zóster. A relação entre os dois problemas foi encontrada num estudo da London School of Hygiene e Tropical Medicine, com quase 12 mil pessoas. Os principais afetados pelo AVC foram os pacientes que apresentaram os sinais de zóster próximo aos olhos e nos nervos trigêmeos, também localizados na face, e não receberam tratamento específico. O herpes zóster também pode se manifestar na costela.


O AVC pode ser provocado pelo deslocamento do vírus nas terminações nervosas ou devido a alguma inflamação decorrente da doença. Nesse caso, ocorrem alterações nos vasos sanguíneos e o risco de surgimento de trombos.


“A relação do AVC com a manifestação do herpes facial ou oftalmológico pode ser a proximidade com o cérebro”, explica Rosana Richtmanm, membro da Comissão Técnica para Revisão dos Calendários Vacinais e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Hoje sabemos que pessoas vacinadas contra gripe e pneumonia têm menos risco de infarto do miocárdio”, acrescenta.


Ainda segundo a pesquisa, o risco do AVC é elevado, principalmente nos seis meses após a manifestação do herpes. Nos três primeiros, a incidência é cinco vezes maior.


O QUE É O HERPES ZÓSTER


A vacina contra herpes zóster é oferecida na rede privada com indicação para pessoas a partir dos 50 anos que já tiveram varicela (catapora) ou contato com a doença em algum momento da vida. A doença consiste na reativação do vírus da varicela e afeta em especial idosos. Uma das consequências são as fortíssimas dores, que podem durar até um ano. O tratamento é feito com antivirais e a resposta do paciente é melhor quando o diagnóstico é precoce.


O tema foi debatido na 16ª Jornada Nacional de Imunizações SBIm, no Rio de Janeiro.


Fonte: Jornal O Dia, Mundo e Ciência