sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cresce número de mortes por câncer do colo do útero no Brasil

País aumentou 28,6% em 10 anos.
O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012. Isso é o que mostra o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que será divulgado nesta semana. O objetivo do documento é auxiliar aos usuários, em especial os profissionais de saúde pública, no planejamento e avaliação das ações necessárias à prevenção e ao controle do câncer. Com a vacinação contra HPV, o Brasil pode ter sua primeira geração de mulheres livres deste tipo de câncer.

“Dentre todos os tumores, o do colo do útero está entre os que mais matam mulheres no Brasil. Mas essa realidade pode mudar se todas as meninas de 11 a 13 anos forem vacinadas contra o HPV. Só a primeira dose não garante a imunização, é importante que os pais ou responsáveis levem suas filhas de 11 a 13 para tomar a segunda dose da vacina”, reforça o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele alerta ainda a importância de as mulheres fazerem o exame Papanicolau, que ajuda a identificar e prevenir precocemente o câncer.

O levantamento mostra o câncer do colo do útero como o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. Embora o número de óbitos tenha aumentado, o Atlas mostra uma queda de 6,34% na taxa de mortalidade, que é a proporção do número de mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Em 2002, foram registradas 5,04 mortes para cada 100 mil mulheres, contra 4,72 mortes para cada 100 mil mulheres, em 2012. Os dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Atento ao crescimento de mortes de mulheres pelo câncer do colo do útero, ao longo dos últimos anos, o Ministério da Saúde tem investido em ações de prevenção e tratamento em todo o país. Como o mais recente avanço nessa área, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, destaca a inclusão da vacina contra o HPV (papilomavírus humano) – principal causa de ocorrência do câncer do colo de útero – para meninas de 11 a 13 anos, no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, em longo prazo, ajudará a mudar essa realidade de óbitos pela doença no país.


Publicado: Terça-feira, 25 de novembro de 2014 por Jéssica Ferrari

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

NOVA VACINA CONTRA A MENINGITE B CHEGA EM 2015

Meningite B

Brasil vai ter imunizante

No primeiro semestre de 2015, clínicas privadas do Brasil deverão receber a vacina contra meningite B, segundo a presidente da Jornada Nacional de Imunizações, Isabella Ballalai. O imunizante será voltado para crianças e adolescentes. 

Atualmente, há no país doses para as meningites causadas pelos meningococos A, C, W e Y. A meningite do tipo B corresponde a 20% dos casos no Brasil. A campeã é a C, com 70%. Porém na Região Sul o tipo B vem ultrapassando a C.

A doença consiste na inflamação das meninges (uma das membranas que revestem o cérebro) e atinge especialmente crianças de até 5 anos. Apesar de ter tratamento, um a cada cinco infectados morre pela doença. Além disso, segundo a SBIm, entre os sobreviventes, até 20% ficam com sequelas como problemas neurológicos, membros amputados ou surdez.

“Os números deixam clara a importância de evitar o problema em vez de remediá-lo”, diz Ballalai


Fonte: Jornal O Dia, Mundo e Ciência.

VACINA CONTRA O HERPES ZÓSTER TAMBÉM PODE EVITAR O AVC

Benefício do medicamento foi constatado em pesquisa envolvendo 12 mil pacientes

por BEATRIZ SALOMÃO


Rio - Cientistas descobriram mais um motivo para tomar a vacina contra o herpes zóster. Além de evitar a doença e as fortes dores inerentes ao mal, o imunizante pode reduzir as chances de o paciente ter um acidente vascular cerebral (AVC). Uma outra boa notícia relativa a imunização é que a vacina contra a meningite B chegará ao Brasil no ano que vem.


O risco de AVC aumenta após o surgimento do herpes zóster. A relação entre os dois problemas foi encontrada num estudo da London School of Hygiene e Tropical Medicine, com quase 12 mil pessoas. Os principais afetados pelo AVC foram os pacientes que apresentaram os sinais de zóster próximo aos olhos e nos nervos trigêmeos, também localizados na face, e não receberam tratamento específico. O herpes zóster também pode se manifestar na costela.


O AVC pode ser provocado pelo deslocamento do vírus nas terminações nervosas ou devido a alguma inflamação decorrente da doença. Nesse caso, ocorrem alterações nos vasos sanguíneos e o risco de surgimento de trombos.


“A relação do AVC com a manifestação do herpes facial ou oftalmológico pode ser a proximidade com o cérebro”, explica Rosana Richtmanm, membro da Comissão Técnica para Revisão dos Calendários Vacinais e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Hoje sabemos que pessoas vacinadas contra gripe e pneumonia têm menos risco de infarto do miocárdio”, acrescenta.


Ainda segundo a pesquisa, o risco do AVC é elevado, principalmente nos seis meses após a manifestação do herpes. Nos três primeiros, a incidência é cinco vezes maior.


O QUE É O HERPES ZÓSTER


A vacina contra herpes zóster é oferecida na rede privada com indicação para pessoas a partir dos 50 anos que já tiveram varicela (catapora) ou contato com a doença em algum momento da vida. A doença consiste na reativação do vírus da varicela e afeta em especial idosos. Uma das consequências são as fortíssimas dores, que podem durar até um ano. O tratamento é feito com antivirais e a resposta do paciente é melhor quando o diagnóstico é precoce.


O tema foi debatido na 16ª Jornada Nacional de Imunizações SBIm, no Rio de Janeiro.


Fonte: Jornal O Dia, Mundo e Ciência

terça-feira, 28 de outubro de 2014

VACINA CONTRA HPV PROTEGE TAMBÉM CONTRA CÂNCERES NA REGIÃO DA GARGANTA

Um novo estudo da Organização Mundial da Saúde mostrou pela primeira vez que a vacina contra o Papilomavirus humano (HPV) também oferece proteção contra infecções orais, que estão associadas aos cânceres de orofaringe, popularmente conhecido como câncer de garganta, que inclui as amígdalas, a base da língua, o palato mole e as paredes da cavidade interna da faringe. Os resultados mostraram que a vacina reduz em mais de 90% infecções orais pelos tipos 16 e 18 do HPV, que costumam ser relacionados ao câncer de colo de útero.

O estudo foi feito na Costa Rica, e é uma parceria entre pesquisadores do país, dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele foi pensado inicialmente para avaliar a eficácia da vacina de HPV contra o câncer de colo do útero, mas passou a incluir também a avaliação dos efeitos da vacina em outras regiões do corpo – entre elas, a cavidade oral.

Os pesquisadores recolheram amostras de células bucais de 5.840 mulheres entre 18 e 25 anos, que receberam a vacina contra o HPV ou contra hepatite A – utilizada no chamado grupo de controle. As análises mostraram que, quatro anos depois, a vacina contra o HPV reduziu em 93% as infeções orais pelo vírus. O artigo que descreve a pesquisa foi publicado nesta quinta-feira, no periódico Plos One.

“A vacina parece promover uma forte proteção contra as infecções orais pelos tipos de HPV que causam a maior parte dos cânceres de orofaringe. Existem muitos aspectos da doença que nós ainda não conhecemos, e precisamos de mais evidências de que a vacina previna esse tipo de câncer, mas os resultados indicam que nós podemos ter uma ferramenta importante para a prevenção desses males cada vez mais comuns”, afirma Rolando Herrero, da IARC, e principal autor do estudo.
Crescimento – A OMS estima que, por ano, surgem 85.000 novos casos de câncer de orofaringe. Apesar de serem tradicionalmente relacionados ao consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, mais de 30% dos casos dessas doenças são decorrentes da infecção pelo HPV, em virtude de práticas como o sexo oral. Os homens têm quatro vezes mais chances de serem afetados pela doença do que as mulheres.
 
Um estudo recente dos Estados Unidos mostrou que, nos últimos 20 anos, a quantidade de tumores de orofaringe nos quais foi detectado o HPV passou de 16% para 70%. Isso levou os autores a estimarem que nas próximas décadas os Estados Unidos podem vir a ter mais casos de câncer de orofaringe relacionado ao HPV do que de câncer de colo do útero causado pelo vírus.

Para Herrero, se resultados similares aos das mulheres forem encontrados nos homens, a vacinação de meninos pode ser uma importante medida de saúde pública em regiões nas quais cânceres relacionados ao HPV são comuns no sexo masculino (Herreo, et al).


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

SOCIEDADES MÉDICAS INDICAM REFORÇOS CONTRA MENINGITE

Crianças e adolescentes que receberam a última dose da vacina meningocócica há mais de cinco anos podem ter perdido a proteção, em função da diminuição de anticorpos que ocorre naturalmente.
Por esta razão, as sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm) e de Pediatria (SBP) recomendam reforços com a vacina Meningocócica Conjugada Quadrivalente (ACWY) dos 4 aos 6 e aos 11 anos de idade.
Mas esta não é uma vacina só de crianças e adolescentes. Adultos também podem se beneficiar dessa proteção.

Converse com seu médico sobre esta recomendação!

MENINGITE!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

VACINA CONTRA O HPV TAMBÉM PROTEGE CONTRA CÂNCER DE OROFARINGE (GARGANTA)!

Um novo estudo da Organização Mundial da Saúde mostrou que a vacina contra o Papilomavirus humano (HPV) também oferece proteção contra infecções orais, que estão associadas aos cânceres de orofaringe (câncer de garganta), que inclui as amígdalas, a base da língua, o palato mole e as paredes da cavidade interna da faringe. Os resultados mostraram que a vacina reduz em mais de 90% infecções orais pelos tipos 16 e 18 do HPV, que costumam ser relacionados ao câncer de colo de útero.

Um estudo recente dos Estados Unidos mostrou que, nos últimos 20 anos, a quantidade de tumores de orofaringe nos quais foi detectado o HPV passou de 16% para 70%. Isso levou os autores a estimarem que nas próximas décadas os Estados Unidos podem vir a ter mais casos de câncer de orofaringe relacionado ao HPV do que de câncer de colo do útero causado pelo vírus.

Se resultados similares aos das mulheres forem encontrados nos homens, a vacinação de meninos pode ser uma importante medida de saúde pública!

sábado, 12 de julho de 2014

VACINA GRIPE 2014 R$40,00


Atenção, a Vaccinus está fornecendo a vacina contra gripe a preço de custo, por R$40,00. A vacina importada é trivalente, contem as cepas H1N1, H3N2 e gripe comum. É de aplicação intra muscular, causa menos reação local. O pagamento pode ser feito em até 4X, nos cartões Visa, Master e banricompras.

Qualquer dúvida estamos a disposição para maiores esclarecimentos.

VÍRUS HPV E CÂNCER DE LARINGE

O vírus do papiloma humano (HPV), que é transmitido sexualmente e geralmente está associado ao câncer de colo do útero, também aumenta em cinco vezes o risco de câncer no aparelho vocal, segundo um estudo publicado na revista “Journal of Infectious Diseases”.

Mendehall disse que, de todos os cânceres de cabeça e pescoço, o HPV parece desempenhar um papel maior não no de laringe, e sim no câncer das amígdalas e do fundo da língua.

Porém, de acordo com Xinagwei Li, coordenador do estudo  e membro da Academia Chinesa de Ciências Médicas e da Faculdade Médica da Universidade de Pequim: “A infecção pelo HPV, especialmente pelo tipo HPV-16, de alto risco, foi apontado como significativamente associado ao risco de carcinoma de células escamosas de laringe”.

Além de reverem os estudos, os pesquisadores analisaram também 12 trabalhos que comparavam tecidos cancerosos e não-cancerosos em um total de 630 pacientes. Eles concluíram que os tecidos cancerosos de garganta tinham 5,4 vezes a chance de dar positivo para um exame de HPV, em relação ao tecido não-canceroso.

“Estamos descobrindo que o HPV parece estar ligado a vários carcinomas de células escamosas da cabeça, pescoço e garganta”, disse William Mendenhall, oncologista especializado em radioterapia, da Universidade da Flórida, em Gainesville, que não participou do estudo.


 

sábado, 3 de maio de 2014

NOVA VACINA CONTRA HERPES ZÓSTER

Imunizante contra herpes zóster estará disponível em clínicas para pessoas a partir dos 50 anos. A doença causa muita dor e afeta quem já teve catapora
Rio – Na próxima semana, clínicas particulares de todo o Brasil começam a oferecer a vacina contra herpes zóster. A imunização será voltada a pessoas a partir dos 50 anos, faixa-etária em que o mal é mais recorrente. Além de evitar a doença, a novidade reduz a dor, maior reclamação dos pacientes.
É a primeira vez que a vacina é ofertada no país. Por enquanto, não estará disponível pelo SUS (rede pública). A herpes zóster é causada pela ‘reativação’ do vírus da catapora (varicela), por isso afeta pessoas que já tiveram esta doença. No Brasil, cerca de 90% da população já teve catapora e está vulnerável a esse tipo de herpes. E, em 70% dos casos, afeta pessoas a partir dos 50.
Isabella Ballalai, presidente da Regional Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim-RJ), explica que a vacina é ideal para tentar evitar o primeiro episódio de herpes zóster, mas quem já teve a doença também deve se vacinar. “A herpes zóster pode aparecer outra vez. Quem não teve catapora não precisa se vacinar”, disse.
O imunizante é o mesmo utilizado contra a catapora, com o vírus vivo atenuado, mas com uma quantidade maior de antígenos, já que a resposta imune de pessoas de meia idade e idosos costuma ser menor. Este vírus é ‘reativado’ com a queda da imunidade.
DOR CRÔNICA
Além de apresentar eficácia de 60% para evitar o aparecimento da doença, a vacina reduz os incômodos e a neuralgia pós-herpética, dor crônica causada por uma inflamação de um nervo, que pode persistir por meses.
A vacina, aplicada em dose única, já está disponível há dez anos nos Estados Unidos e em outros países, como Canadá, Reino Unido e Argentina. No Brasil, as clínicas deverão cobrar entre R$ 400 e R$ 600, uma dose. Estudo norte-americano aponta que os custos de um tratamento antiviral, com duração de sete dias, para tratar herpes zóster, variam entre R$ 300 e R$ 500. Não há cura para a doença.
Sintomas e tratamento
Coceira, feridas, bolhas em partes específicas do corpo e, principalmente, dores fortes são os principais sintomas de herpes zóster. O vírus permanece latente (adormecido) em gânglios do sistema nervoso, o que explica a intensidade da dor. De acordo com Danielle Borghi, infectologista do Hospital São Francisco, as bolhas, também chamadas de vesículas, seguem o ‘trajeto’ dos nervos na hora de se manifestarem. Os locais mais comuns das feridas são tórax, costelas, nuca e rosto. Segundo ela, o diagnóstico é feito observando o corpo do paciente. Já no tratamento são utilizados remédios antivirais.
A médica lembra que há casos em que são receitados remédios à base de morfina e até antidepressivos para aliviar a dor do paciente. “Essa vacina é muito importante, principalmente por aliviar a dor dos pacientes”, avalia.
Fonte: O Dia (SBIM 2014).


quarta-feira, 9 de abril de 2014


Papilomavírus humano (HPV)

  • O que é a vacina contra o HPV?

    É uma vacina desenvolvida a partir de partículas semelhantes ao vírus do HPV, desprovida de material genético com objetivo de prevenir a infecção por HPV e, dessa forma, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver lesões verrucosas (condilomas acuminados), lesões pré-cancerígenas de colo, vagina e vulva, evitando, assim, o câncer de colo de útero, câncer de vagina e câncer de vulva.
  • Quantas vacinas contra o HPV existem?

    Existem duas vacinas. A vacina quadrivalente (HPV 6, 11, 16, 18) da Merck Sharp & Dohme (MSD) e a vacina bivalente (HPV 16, 18) da GlaxoSmithKline (GSK).
  • De que são feitas as vacinas?

    Com o avanço da biologia molecular e da engenharia genética, temos hoje uma nova realidade, a vacina contra HPV. Consegue-se em laboratório a realização da vacina a partir da proteína de L1, principal proteína da capa externa do vírus. E, através de um autoarranjo das proteínas de L1, irão formar as VLPs (Virus Like-Particles – Partículas Semelhantes ao Vírus). Essas partículas demonstraram induzir uma forte resposta à produção de anticorpos quando administrada em humanos, fazendo com que o organismo identifique as VLPs como um invasor e produza um mecanismo de defesa e proteção.
  • A vacina contra o HPV é segura?

    Sim. A vacina contra HPV é segura, como demonstrado nos estudos de desenvolvimento clínico, que embasaram o registro do produto pela agência reguladora brasileira (Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e norte-americana (FDA – Food and Drug Administration). Esses estudos não mostraram efeitos adversos graves. O evento adverso mais comum foi dor passageira no local da injeção.
  • A vacina contra o HPV é eficaz?

    Sim. Resultados dos estudos clínicos em mulheres de 9 a 15 anos de idade e entre 15 a 26 anos demonstraram eficácia em cerca de 99% para neoplasia intraepitelial cervical 2/3, 100% de proteção para lesões de alto grau de vagina e vulva e adenocarcinoma e 99% para lesões genitais externas.
  • Quantas doses são?

    A vacina quadrivalente contra HPV é proposta em doses, esquema 0, 2, 6 meses: data escolhida (1ª dose), 60 dias (2ª dose) e 180 dias (3ª dose). A vacina bivalente também é administrada em três doses, esquema 0, 1 ,6 meses: data escolhida (1ª dose), 30 dias (2ª dose) e 180 dias (3ª dose).
  • A vacina é por via oral ou injetável?

    É por via intramuscular – injeção de apenas 0,5 ml cada dose.
  • Quem pode receber a vacina?

    Ela está aprovada no Brasil apenas para meninas e mulheres de 9 a 26 anos. E, no momento, estamos aguardando a resposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para ampliação de bula para mulheres até 45 anos. Em 46 países, a vacina foi aprovada para meninos de 9 a 17 anos. E nos Estados Unidos a agência regulatória local (FDA), no dia 09 de setembro de 2009, aprovou para homens de 9 a 26 anos. A Anvisa aprovou também a vacina bivalente para administração em meninas e mulheres na faixa etária de 10 a 25 anos.
  • Qual é o melhor momento para tomar a vacina?

    O melhor momento é agora. O ideal é recebê-la antes do início da vida sexual. Mas quem não é mais virgem também pode ter benefícios. Mesmo que a pessoa tenha sido infectada por um dos tipos de HPV, a vacina pode protegê-la dos outros três tipos. Existem estudos demonstrando a diminuição das recidivas em pacientes que tiveram contato anterior com o HPV.
  • Por que as adolescentes devem ser consideradas um dos principais alvos da vacinação?

    É importante que as adolescentes recebam esquema completo com a vacina contra HPV antes de se tornarem sexualmente ativas. A vacina é potencialmente mais eficaz para garotas/mulheres que são vacinadas antes de seu primeiro contato sexual; não pela atividade sexual em si, mas, sim, pela possibilidade de contaminação com HPV. A vacina pode não funcionar tão bem para aquelas expostas ao vírus antes da vacinação. Contudo, a maioria das mulheres ainda se beneficiará da vacinação porque serão protegidas contra outros tipos de vírus HPV contidos na vacina.
  • Por quanto tempo a jovem/mulher vacinada fica protegida?

    A duração exata da proteção de uma vacina não é conhecida quando esta é inicialmente introduzida. Até o momento, sabe-se que a duração de proteção é de pelo menos 8,5 anos.
  • É necessário dose de reforço?

    A resposta até o momento é não. Só estudos a longo prazo poderão esclarecer se haverá a necessidade de dose de reforço.
  • Existe risco de infecção pela vacina?

    Não. É impossível contaminar-se com o vírus HPV através da vacina, ela é desprovida de material genético.
  • Deve-se fazer o teste de HPV antes de tomar a vacina?

    Não. Hoje o teste em uso com maior freqüência apenas detecta 18 tipos de HPVs. Esse teste não especifica qual tipo específico, mas se ele pertence a um grupo viral de baixo ou alto risco. Se o teste for negativo, não assegura que você nunca teve contato com o HPV. Se der positivo, não informa exatamente qual é o tipo de HPV que a paciente tem no momento. Fazer o teste do HPV apenas representa custo adicional.
  • E se a jovem/mulher for sexualmente ativa?

    Se uma jovem for sexualmente ativa, existe a possibilidade de ter contraído HPV. No entanto, deverá receber a vacina porque poderá ainda proteger-se contra outros tipos de vírus HPV com os quais ainda não teve contato e que se encontram na vacina.
  • Quem teve HPV pode tomar a vacina?

    A mulher que teve um exame positivo para HPV não traduz que tem ou vai ter as lesões causadas pelo HPV. Na maioria das vezes a mulher que entrou em contato com o vírus, poderá elimina-ló, muitas vezes, sem saber que teve contato. Essa mulher irá beneficiar-se com a vacinação.
  • Tomando vacina contra HPV a jovem/mulher ficará protegida também para todos os tipos de HPV?

    Não. Existem mais de 200 tipos de HPV, mas apenas 100 tipos são reconhecidos na sua árvore filogenética e destes aproximadamente 30 tipos vão afetar os genitais de homens e mulheres e dentre estes apenas 15 têm capacidade para levar as alterações de alto grau e câncer.
    A vacina da Merck Sharp & Dohme é quadrivalente. Ou seja, protege contra os tipos 6,11,16 e 18. Eles são responsáveis por 70% dos tumores de colo de útero e por 90% das verrugas genitais. Elas são benignas, mas incomodam, de difícil tratamento e de alta recorrência. A vacina da GlaxoSmithKline é bivalente. Protege contra os tipos 16 e 18 que podem provocar câncer.
  • Caso a jovem/mulher tenha perdido a sequência do esquema vacinal, como deve proceder?

    A jovem/mulher com o esquema vacinal incompleto não necessita reiniciar o esquema, somente completar a dose faltante.
  • A jovem/mulher tomou apenas duas doses, ela estará protegida contra o HPV?

    Não existem estudos a longo prazo que determinem proteção para essa mulher. Por essa razão, é fundamental que as mulheres façam as três doses da vacina.
  • A vacina contra HPV irá substituir o papanicolau?

    Não. A vacina veio para agregar. Uma boa cobertura do Papanicolau juntamente com uma vacinação terá uma maior efetividade de proteção dessa população.
  • Jovens/mulheres vacinadas ainda precisam fazer o papanicolau?

    Sim. Existem três razões pelas quais ainda precisam ir ao ginecologista regularmente e realizar o Papanicolau para câncer de colo de útero:
    • a vacina não proporciona proteção contra todos os tipos de HPV que causam o câncer de colo de útero;
    • algumas mulheres podem não tomar todas as doses necessárias, não obtendo assim o benefício total da vacina;
    • mulheres que eventualmente tenham tido infecção por HPV previamente podem não ter o benefício completo da vacinação. Além disso, vale lembrar que existem outras doenças (clamídia, tricomonas, etc) que são detectadas pelo Papanicolau. E vale a pena lembrar que o uso do Papanicolau e a vacina juntos aumentarão a cobertura de proteção (efetividade) em uma população.
  • Quem tomar a vacina pode dispensar o uso de camisinha?

    Não. O HPV pode estar no escroto ou no ânus, regiões em que a camisinha não chega, e ser transmitido durante a relação sexual. Hoje encontramos lesões em outros sítios não cobertos pela camisinha. A camisinha é fundamental para evitar o risco de contrair outros tipos de HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis, como hepatites, sífilis, Aids e outras DSTs.
  • A vacina protege contra outras infecções transmitidas por via sexual?

    Não. A vacina contra HPV não protege contra outras infecções transmitidas durante as relações sexuais, como a clamídia, nem impedirá que a mulher engravide. Por conseguinte, continua sendo muito importante que ela receba as orientações relativas ao sexo seguro.
  • A vacina pode causar infertilidade?

    Não. Não existe nenhuma possibilidade de a vacina causar infertilidade. A vacina não é de vírus vivos ou mortos. Estudos de doses elevadas da vacina em animais não mostraram nenhum efeito sobre fertilidade.
  • Caso a jovem/mulher engravide durante o esquema vacinal, como deve proceder?

    Devemos orientar a jovem/mulher a interromper a vacinação até o parto e um mês após o parto fazer as doses faltantes.
  • As gestantes podem ser vacinadas?

    A vacina não está recomendada para mulheres grávidas. Existe apenas informação limitada sobre a segurança da vacina para mulheres grávidas. Até o momento, os estudos sugerem que a vacina não causa problemas para a gestação, nem para o bebê. Por enquanto, as grávidas devem esperar o final da gestação para serem vacinadas. Se a mulher descobrir que está grávida e já tenha iniciado o esquema de vacinação, ela deve aguardar o final da gestação para terminar a série de vacinação.
  • A jovem/mulher poderá amamentar durante o esquema vacinal?

    Sim. Durante os estudos de imunogenicidade e segurança, as pacientes se comprometeram a não engravidar durante o esquema vacinal, apesar disso, aproximadamente 3000 mulheres engravidaram, foram feitas avaliações de controle durante a gestação e puerpério e não houve nenhuma complicação ao recém nascido.
  • A vacina tem efeito teratogênico?

    Os estudos de segurança demonstraram que os eventos foram menores em relação ao grupo placebo. Até a presente data, não existem qualquer relato sobre dano para o feto caso a mulher engravide durante esquema vacinal contra HPV.
  • Quem não deve receber a vacina?

    Mulheres alérgicas a algum componente da vacina (leveduras, alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio) e gestantes.
  • As vacinas contra HPV podem ser trocadas durante o esquema vacinal (intercambiáveis)?

    Não existem estudos que suportem essa possibilidade. As vacinas não são iguais e não devem ser comparadas. É importante sempre manter três doses da vacina escolhida. As vacinas contra HPV têm quase os mesmos propósitos, elas são diferentes em alguns pontos como:
    • técnica de elaboração de VLP;
    • tipo de adjuvante;
    • tipos de HPVs inclusos;
    • desenho dos estudos (critérios de inclusão, desfechos, faixa etária, seguimento);
    • métodos laboratoriais diferentes (Luminex x Elisa).
  • Existem estudos para mulheres acima de 26 anos?

    Sim. Os estudos clínicos em mulheres com idade superior a 26 anos já terminaram, tendo com desfechos clínicos a imunogenicidade e a proteção da doença. No momento, aguarda-se a autorização das agências regulatórias responsáveis que visam suportar a ampliação da indicação para essa população.
  • A eficácia da vacina quadrivalente em mulheres acima de 26 anos é efetiva?

    Sim. A administração da vacina quadrivalente contra HPV demonstrou ser altamente imunogênica e com 91% de eficácia clínica na prevenção de doenças do colo de útero, vagina e vulva.
  • Os meninos/homens devem ser vacinados?

    No Brasil ainda não temos o licenciamento para o sexo masculino, esses estudos foram submetidos à Anvisa e aguardamos sua autorização para ampliação de bula. Essa situação já é uma realidade nos Estados Unidos. O FDA, no dia 09/09/2009, liberou a vacinação em homens de 9 a 26 anos. Vacinar o sexo masculino será de extrema importância. Vejamos algumas vantagens em vacinar essa população:
    • O Homem é o vetor. Se vacinarmos quem transmite, estaremos quebrando a cadeia de contaminacão.
    • Se avaliarmos o câncer de pênis, a vacinacão do homem não valerá a pena, mas os estudos clínicos, não só avaliaram o pênis como também orofaringe e canal anal. Hoje a prevalência de HPV no câncer anal está chegando ao mesmo patamar do câncer de colo do útero.
    • Dependendo da populacão a ser vacinada, poderemos ver o impacto da vacinacão bem antes do esperado.
  • A vacina contra o HPV tem algum conservantes como timerosal ou mercúrio?

    Não. Não existe nenhum conservante na vacina.